Numa cidade vivia um homem que todos diziam ser o protótipo da maldade. Ele morava sozinho, não tinha amigos, não permitia que ninguém passasse em sua calçada, detestava animais, quando a bola dos garotos caía em seu quintal ele a furava, e por isso todo mundo dizia que quando ele morresse não haveria quatro pessoas para carregar seu caixão.
Na mesma cidade, vivia outro cidadão que tinha uma peculiaridade: gostava de acompanhar todos os enterros que ali ocorriam e no cemitério fazia questão de, antes do caixão descer ao túmulo, enaltecer as qualidades do falecido. Um dia, nosso primeiro personagem, o homem ruim, morreu. E na cidade onde havia corrido o dito de que não haveria quatro homens para carregar seu caixão, o que aconteceu? Foi o enterro mais concorrido de que já haviam tido notícia, não pelo morto, e sim por aquele nosso outro personagem que costumava fazer discursos elogiosos aos mortos. Todos queriam ouvir as qualidades que ele tinha para enaltecer no morto.
A população compareceu em peso ao cemitério e na hora que o caixão desceu ao túmulo todos os olhos se voltaram para o homem que elogiava. E ele disse: — Coitado, ele assobiava tão bem…
Por pior que seja a pessoa, sempre há alguma coisa para se elogiar nela.
Autor desconhecido
Numa cidade vivia um homem que todos diziam ser o protótipo da maldade. Ele morava sozinho, não tinha amigos, não permitia que ninguém passasse em sua calçada, detestava animais, quando a bola dos garotos caía em seu quintal ele a furava, e por isso todo mundo dizia que quando ele morresse não haveria quatro pessoas para carregar seu caixão.
Na mesma cidade, vivia outro cidadão que tinha uma peculiaridade: gostava de acompanhar todos os enterros que ali ocorriam e no cemitério fazia questão de, antes do caixão descer ao túmulo, enaltecer as qualidades do falecido. Um dia, nosso primeiro personagem, o homem ruim, morreu. E na cidade onde havia corrido o dito de que não haveria quatro homens para carregar seu caixão, o que aconteceu? Foi o enterro mais concorrido de que já haviam tido notícia, não pelo morto, e sim por aquele nosso outro personagem que costumava fazer discursos elogiosos aos mortos. Todos queriam ouvir as qualidades que ele tinha para enaltecer no morto.
A população compareceu em peso ao cemitério e na hora que o caixão desceu ao túmulo todos os olhos se voltaram para o homem que elogiava. E ele disse: — Coitado, ele assobiava tão bem…
Por pior que seja a pessoa, sempre há alguma coisa para se elogiar nela.
Autor desconhecido