Uma menina, com voz tímida e olhos de admiração, pergunta ao pai
quando este retorna do trabalho:
– Papai, quanto o senhor ganha por hora?
O pai, num gesto severo, responde:
– Escuta aqui minha filha, isto, nem a sua mãe sabe. Não amole, eu
estou cansado.
Mas a filha insiste:
– Mas pai, por favor, diga o quanto o senhor ganha por hora?
A reação do pai foi menos severa e respondeu:
– Três reais por hora.
– Então, pai, o senhor poderia me emprestar um real?
O pai nervoso e tratando a filha com brutalidade, respondeu:
– Então era essa a razão de você querer saber o quanto eu ganho? Vá
dormir e não me amole mais, menina abusada.
Já era tarde da noite quando o pai começou a pensar no que havia
acontecido e sentiu-se arrependido. Talvez, quem sabe, a filha precisasse
comprar algo.
Querendo aliviar sua consciência pesada, foi até o quarto da menina
e, em voz baixa, perguntou:
Filha está dormindo?
– Não pai, respondeu sonolenta a garota.
– Olha, aqui está o dinheiro que você me pediu, um real.
Muito obrigado papai, disse a filha levantando-se com um sorriso e
retirando mais dois reais de uma caixinha que estava sob a sua cama.
– Agora já completei papai, tenho três reais.
E olhando o pai com carinha de sono, entrega o dinheiro para ele
dizendo solenemente:
– Papai poderia me vender uma hora do seu tempo?
Publicado por Juliano Dotto
Uma menina, com voz tímida e olhos de admiração, pergunta ao pai
quando este retorna do trabalho:
– Papai, quanto o senhor ganha por hora?
O pai, num gesto severo, responde:
– Escuta aqui minha filha, isto, nem a sua mãe sabe. Não amole, eu
estou cansado.
Mas a filha insiste:
– Mas pai, por favor, diga o quanto o senhor ganha por hora?
A reação do pai foi menos severa e respondeu:
– Três reais por hora.
– Então, pai, o senhor poderia me emprestar um real?
O pai nervoso e tratando a filha com brutalidade, respondeu:
– Então era essa a razão de você querer saber o quanto eu ganho? Vá
dormir e não me amole mais, menina abusada.
Já era tarde da noite quando o pai começou a pensar no que havia
acontecido e sentiu-se arrependido. Talvez, quem sabe, a filha precisasse
comprar algo.
Querendo aliviar sua consciência pesada, foi até o quarto da menina
e, em voz baixa, perguntou:
Filha está dormindo?
– Não pai, respondeu sonolenta a garota.
– Olha, aqui está o dinheiro que você me pediu, um real.
Muito obrigado papai, disse a filha levantando-se com um sorriso e
retirando mais dois reais de uma caixinha que estava sob a sua cama.
– Agora já completei papai, tenho três reais.
E olhando o pai com carinha de sono, entrega o dinheiro para ele
dizendo solenemente:
– Papai poderia me vender uma hora do seu tempo?